terça-feira, 28 de junho de 2016

Neste início de semana, nos deparamos com um noticiário nacional informando em uma de suas chamadas de capa a seguinte matéria: "Mais um adolescente é morto pela PM em SP" (reportagem do G1 São Paulo de 27/06/2016, 12:48h - Atualizada em 27/06/2016, 14:37h, passando ter a seguinte chamada: Adolescente é morto com três tiros pela PM após perseguição em SP). Putz! Imaginei: que merda! 
Ao ler a matéria podemos encontrar a narrativa do evento, e com um texto de defesa velada da ilegalidade, pois, vejamos, em se considerando os fatos narrados pela matéria, vê-se que a referida "vítima" estava praticando roubo em companhia de outros dois delinquentes e ainda armado com arma de fogo. Até aqui, temos a identificação de três ilícitos penais: roubo, formação de quadrilha e porte ilegal de arma, sem se considerar a resistência à prisão do "menor infrator" (assim classificando-o para sermos politicamente corretos), que entenda-se como tentativa de homicídio.

Pois bem, lendo a referida matéria e a enxurrada de críticas e comentários dos mais diversos segmentos sociais, pode-se perceber que há uma minoria, aqueles que têm discursos lineados a certas organizações não governamentais - quem sabe aquelas do tipo trampolim político - que tratam o marginal, ou melhor dizendo, o DELINQUENTE como vítima da sociedade e das mazelas dela decorrentes.
O que pensar deste discurso!? Na verdade, além de desejar correr ao banheiro após tal leitura, porque podemos ser tomados por uma ânsia de vômito, cabem algumas ponderações.

Vale ressaltar aqui, que ainda neste fim de semana, na noite de domingo, a comunidade militar, Bombeiros e Policiais da capital maranhense, mais uma vez foi abalada emocionalmente com a informação da morte de mais um combatente e irmão de farda, o soldado BM Dourado, ao que parece vítima de uma tentativa de assalto em um bairro da Capital, que resultou em sua morte. Por isso, antes de quaisquer análises, o comandoumi não poderia deixar de manifestar solidariedade ao Corpo de Bombeiros do Maranhão e aos nossos irmãos guerreiros do fogo pela sua baixa, mas em especial, aos familiares e amigos do homem e cidadão Artur Dourado, nossas mais sinceras condolências.

Mas, todos os dias morrem pessoas vítimas da violência urbana, não apenas PM's ou BM's”, diriam "certos críticos". Exatamente! E é aqui que se baseiam nossas críticas a certos tipos de reportagens em que, aparentemente, o viés jornalístico, a exemplo da supramencionada, se dá pela busca da criminalização das ações legítimas e legais de agentes da lei e propõe um "vitimismo social" ao BANDIDO. Com certa frequência, as mídias nacionais e locais reproduzem matérias com títulos do tipo: "A polícia matou..." ou "O policial atirou...", quando o ordenamento jurídico estabelece o Estado como sujeito da ação, e a ação ou reação de seus agentes está definida como, sendo: estrito cumprimento do dever legal.

A análise da sociologia do crime e da violência em nosso País nos remeterá a certas deturpações de condutas e conceitos, mas, sobretudo, àquilo que Durkheim nomeou de anomia social, que é o enfraquecimento das normas de uma sociedade. Pois é, para nós, profissionais da segurança pública, parece-nos que alguns "transmissores" de informações são adeptos da inversão de valores, na qual a regra social de convivência deva sofrer mutações ao prazer de suas conveniências e influências político-ideológicas. Lamentável!
Por fim, cabe um convite à reflexão aos referidos profissionais: Quem é o culpado pelo acionamento do gatilho de uma arma que ceifa uma vida durante o roubo ou tentativa de assalto, em que o acusado é um menor de idade? É a dita "criança/adolescente", vista por alguns como vítima da sociedade desigual, ou a família daquele que teve a vida findada, e que igualmente torna-se refém da violência? Senhores e Senhoras, não sejamos hipócritas e demagogos, não façamos narrativas de fatos, eivados por ensaios político-ideológicos ou por conveniência política, de caráter depreciativos às instituições, e sobretudo aos seus agentes. O comandoumi não poderia deixar de manifestar a sua opinião contrária a tal modelo de imprensa, ainda mais em um momento em que os profissionais militares do nosso Estado, além de fatores internos, veem neste tipo de manifestação jornalística a reprodução de um ranço social que, verdadeiramente, se traduz na desmotivação e evasão dos nossos quadros por não ver o reconhecimento de esforços e tampouco a valorização dos serviços prestados.

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