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UNIÃO MILITAR INDEPENDENTE

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terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Há mais de 80 anos (1935), a 47ª Convenção da Organização Internacional do Trabalho (OIT) estabeleceu como padrão a carga horária semanal de trabalho de 40h. No entanto, para os trabalhadores da Polícia Militar do Estado do Maranhão nada mudou. Com uma carga de trabalho que chega às 50h por semana na capital e a incríveis 168h no interior, esses profissionais sofrem as consequências da falta de planejamento do policiamento no Estado. Há destacamentos no interior do estado em que a coisa beira à loucura, como no de Cajazeiras, do 17º BPM de Codó, onde a escala é de 7 dias trabalhados por 7 de folga.

Não se sabe ao certo a data de implantação da escala utilizada atualmente na PM do Maranhão, mas uma coisa é certa: não há a mínima preocupação das autoridades “competentes” em modificá-la. É comum o jargão militar de que “nada se cria, tudo se copia” ou de crendices populares como “eles já estão acostumados”. Com esta filosofia de botequim, a criminalidade maranhense avança diante de erros repetidos por décadas. 

Pela falta de Regulamentação por parte do Executivo e/ou Legislativo, cada um dos “administradores” da PMMA toca a mesma música: aumento das escalas, redução de períodos de descanso e abertura de procedimentos administrativos para evitar qualquer reclamação. Com o bumbo no pé direito, a marcha de carnaval dos militares certamente será animada por Oficiais de chicote na mão. Na contramão desse sucesso, seguem-se abusos cometidos por policiais estressados pela carga excessiva de trabalho. 

É imperativo ressaltar que o artigo 7º, inciso XIII, da Constituição Federal, limita a duração da jornada de trabalho à 8 horas diárias e 44 horas semanais. Excepcionalmente e dentro do rigor da Lei, o limite legal poderá ser acrescido de horas suplementares, através de acordo escrito de prorrogação entre empregado e empregador ou coletivo, até o limite de 10 horas diárias, ou ainda ocorrendo necessidade justificada e força maior, poderá a duração do trabalho exceder o limite legal até o máximo de 12 horas. 

Não bastasse os abusos já explicitados, alguns “administradores” tentam restringir ou suspender férias e/ou licença dos nossos já combalidos policiais, se utilizando do já característico jargão “O Carnaval Chegou!”. No entanto, vale lembrar que tal prática NÃO se encontra amparada em nenhum dispositivo da lei, já que o Carnaval é uma festividade de calendário fixo anual, ou seja, se tem 365 dias para planejamento de efetivo, treinamento e logística. Mas vamos ao pé da letra ou melhor, ao pé da Lei:
 LEI Nº 6.513 DE 30 DE NOVEMBRO DE 1995
ESTATUTO DOS POLICIAIS MILITARES DA POLÍCIA MILITAR DO MARANHÃO
Art.80 §4º. Somente em caso de declaração de guerra, estado de sítio, estado de defesa, grave perturbação da ordem pública e extrema necessidade de serviço, os militares terão interrompido ou deixarão de gozar, na época prevista, o período de férias a que têm direito, registrado o fato em seus assentamentos. 

PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº - 4.226, DE 31 DE DEZEMBRO DE 2010 - A referida portaria trata dos Direitos Humanos do Policial e dispõe em seu texto que é “assegurada a regulamentação da jornada de trabalho dos profissionais de segurança pública, garantindo o exercício do direito à convivência familiar e comunitária”.

 
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS, adotada pela Organização das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948 - Dispõe em seu Artigo 24 que “Todo ser humano tem direito a repouso e lazer, inclusive à limitação razoável das horas de trabalho e férias periódicas remuneradas.” 

Em tempos em que a Constituição e os Direitos - duramente conquistados - se fazem presentes nos discursos do Governo, reafirmamos que estamos buscando diálogo para que sejam cumpridos todos os pontos do Acordo Assinado pelas secretarias de: Articulação Política, Gestão e Previdência, Segurança Pública e Casa Civil. Principalmente o item que versa sobre a Regulamentação da Jornada de Trabalho que, com o início das festividades carnavalescas, apresenta extenuadas escalas, sendo comum Policiais terem seu esgotamento físico e mental encobertos por jargões ou crendices populares. 


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017



Auxílio-alimentação é o auxílio pago, em pecúnia, ao servidor público estadual ativo para o custeio de suas despesas com alimentação. O auxílio-alimentação foi instituído no ano de 2007 aos membros da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Maranhão a título de indenização com despesa de alimentação, desde que estejam em efetivo exercício das funções das Organizações Militares.

O que causa admiração é que, embora a necessidade de se alimentar seja a mesma independentemente da atividade exercida como funcionário publico do Estado do Maranhão, para algumas categorias, até da mesma área, como por exemplo, na segurança pública, os valores variam. Vejam fragmento da MEDIDA PROVISÓRIA Nº 198, DE 23 DE ABRIL DE 2015:


Atualmente o valor do auxílio-alimentação pago aos militares é de R$300 reais, valor esse  que - conforme Diário Oficial - NÃO é reajustado desde o ano de 2012, ainda no Governo passado.


De acordo com o DIEESE - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, que realiza mensalmente por meio de Pesquisa Nacional a variação dos preços da Cesta Básica de Alimentos, analisando a média da inflação acumulada ao longo desses 5 últimos anos, percebe-se que a defasagem do poder de compra de alimentos chega a 54,18%.

Com base nesses dados, podemos afirmar que o auxílio-alimentação dos militares necessita, urgentemente, de uma correção para garantir o poder de compra e restabelecer a perda ocasionada pela inflação de itens da cesta básica, que vem ocorrendo ao longo dos anos. NO MÍNIMO, os valores deveriam ficar conforme a tabela abaixo:

Já são 5 anos de congelamento e 10 anos sendo classificados como não merecedores de pelo menos uma equiparação com os outros entes da mesma pasta Segurança Pública. No entanto, a fome não é diferente.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Faltando pouco mais de 1 ano para a próxima eleição, é decepcionante ver parte da mídia parcial distorcer a realidade a que são submetidos os policiais militares. Mas, na sua falha tentativa, acabou encontrando a cura para boa parte da tropa que sofria de perda repentina de memória e, para aqueles que ainda sofrem, estamos aqui para ajudá-los. 

Primeiramente gostaríamos de mostrar um levantamento feito pelo portal de notícias G1, onde é possível ver que o Maranhão ocupa apenas o 13º lugar no ranking de melhores Salário-base do país. Vale lembrar que esse valor costuma ser sua única fonte de renda após o ingresso na Reserva Remunerada ou Reforma, ou seja, verbas indenizatórias e/ou vantagens como: Auxílio-alimentação, Vale Transporte ou algum tipo de função...deixarão de fazer parte da sua renda mensal. 

 Fonte: G1 - Raking dos Salário-base da PM no Brasil

Sobre os 8 itens do acordo de 2015 firmado com o Governo, até agora apenas 1 item foi respeitado, e mesmo assim em partes. Mas como assim!? Nós explicamos. 


Após várias rodadas de negociação, apenas na última o Governo apresentou uma contraproposta, sendo que é importante enfatizar que mesmo após várias lideranças levantarem uma série de questionamentos propondo inclusive algumas alterações, essa contraposta no fim acabou sendo a definitiva e posteriormente publicada em Diário Oficial do Estado no dia 23 de abril de 2015, como é de conhecimento de todos. 



Mas no que consistia a proposta/tabela do Governo? Antes é preciso uma breve explicação sobre o que é escalonamento vertical, que é o percentual que cada patente recebe a partir do subsídio de um coronel. Dito isso, é importante que a tropa entenda que escalonamento vertical era uma luta antiga, pauta de movimentos de 2011 e 2014, que não deve ser confundida com percentual de reajuste salarial. Outro ponto importante a se ressaltar é que reposição inflacionária é diferente de reajuste salarial. 

Em 2015, para a Instituição Polícia Militar foi concedido um percentual de 5% de reajuste para os anos de 2015, 2016, 2017 e de 6,98% para 2018, e ainda novos índices de escalonamento vertical. Mas você, guerreiro, sabe de quanto foi a inflação oficial nos anos de 2015 e 2016!? Pois bem, analisando só a inflação oficial dos anos mencionados que foram de 10,67% e 6,29% respectivamente, percebe-se que a Instituição Polícia Militar sequer recebeu a reposição inflacionária, ficando tal perda mascarada pela manipulação dos novos valores do nosso subsídio.


Em recente nota do PcdoB voltada ao Espírito Santo, vale à pena reproduzir alguns trechos:

"...Todo trabalhador e trabalhadora tem o direito de lutar por melhores salários e melhores condições de trabalho...O PCdoB se solidariza com os familiares dos servidores da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, desejando que o governo estadual retome o diálogo ...Baixos salários e precárias condições de trabalho não atingem apenas trabalhadores e trabalhadoras..."
Fonte: http://www.vermelho.org.br/noticia/293048-1

Não queremos acreditar que aqui no Maranhão optou-se por um completo desprezo pela classe, que sempre cumpre a missão quando diante de diversas crises no Sistema Prisional. Para aqueles que duvidam do nosso pedido de diálogo, até hoje não tivemos resposta ao ofício protocolado na Casa Civil do Palácio Henrique de La Rocque. Sempre procuramos primeiramente o diálogo.


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

  Em atendimento às associações das esposas, nós, lideranças e associações de policiais, reunidos na data de hoje, deliberamos pela necessidade de manter a luta pelo cumprimento dos acordos feitos com o governo do Estado, denunciando seu sistemático descumprimento.

  Denunciamos que a tão alardeada política salarial voltada para a PM e BM não passa de enganação, pois não é verdade que estamos entre os melhores salários do Brasil. Na verdade, hoje, ocupamos a 13ª colocação.


  De todas as promessas feitas por este governo, apenas a questão salarial foi cumprida em parte para a PM e BM. O RDE (Regulamento Disciplinar do Exército) não foi substituído por um código de ética; a carreira continua atrasada, injusta e submetida a apadrinhamento. O auxílio alimentação de 300 reais esta há 5 anos sem reajuste e a alimentação dos policiais que trabalham no interior foi cortada. 

  O prometido adicional noturno que nunca saiu do campo dos sonhos; a jornada semanal de 40 horas, cuja ausência permite jornadas de até 168 horas semanais; o tão sonhado adicional de insalubridade e a nova LOB da PM, sempre prometida e nunca realizada, sem falar do acordo de abril de 2015 que prometia carreira única; entrada com nível superior; uma lei de movimentação para acabar com as transferências por perseguição, entre outros...nada disso fora cumprido.

  Dito isso, fica evidente que a situação não se limita à questão salarial, para não citar a falta permanente de estrutura, a falta humilhante de combustível e o armamento sucateado e ultrapassado.

  As associações e representantes militares informam que haverá uma nova reunião na cidade de Bacabal em data a ser definida.


Associação das Esposas e Amigos dos Policiais Militares

Liderança de Timon

Associação dos Policiais do Médio Mearim

Associação Tiradentes

Associação das Praças

Conselho Comunitário Pela Paz – CCP (Luizão/ Divinéia)

União Militar Independente


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