quarta-feira, 27 de maio de 2015


O debate sobre a segurança pública é a tendência do momento. Nos mais variados meios de comunicação – jornais televisivos, escritos, redes sociais, etc. – o assunto ganhou evidência, não só no nosso Estado, como também em todo o país. Parece que a sociedade está entendendo que o sistema de segurança atual está fracassando no combate ao crime.
Não é por menos. Apenas na capital maranhense morreram três policiais militares em 28 dias. No dia 30/04/2015, o Sgt PM Castelo Branco foi assassinado quando tentou evitar um assalto na região do Parque Vitória. Pouco mais de duas semanas depois, na madrugada do dia 17/05/2015, o Tenente Ramos foi morto por bandidos em um estacionamento na Praça do Maranhão Novo. Na noite do último sábado, dia 23/05/2015, a segurança pública sofreu mais um duro golpe: a chacina de Panaquatira, onde o soldado Max Miller foi surpreendido por uma quadrilha que agia há muito tempo no local e se intitulava de “os piratas de Panaquatira”.
Todas as mortes citadas foram por ocasião de ações ou acontecimentos fora do expediente normal de trabalho. Segundo o Anuário de Segurança Pública, 75,3% das mortes de policiais no ano de 2013 ocorreram fora do serviço. Esses dados demonstram que os atos de heroísmo dos defensores da lei são o principal motivo de suas mortes. O que os policiais recebem em troca?
Diante destes afrontamentos à lei e à ordem, o sistema de segurança pública, por meio do Secretário de Segurança Jeferson Portela, tomou uma atitude: culpar o próprio policial pela sua morte em ação. Não é o caso de rever o treinamento que é dado aos policiais, nem de serem revistos os manuais de ação (se é que existem), não é culpa da criminalidade crescente nem do aumento da violência com que os crimes são cometidos, para o Estado, o que aconteceu em Panaquatira foi culpa da reação do policial. É o que se interpreta da entrevista dada ao G1 pelo Secretário.
Em respeito aos leitores, não diremos tudo o que queremos sobre o posicionamento do Secretário. Apenas expressaremos que apontar o dedo para uma pessoa brutalmente assassinada não é ético, nem moral. É inoportuno, indecente e irresponsável. Essa é a nossa opinião e não mudaremos por conta de abertura de inquérito ou sindicância, nem por perseguições que possam iniciar-se tal qual aconteceu com o companheiro de luta Ebnilson.
Como se não bastasse o posicionamento do Governo do Estado do Maranhão sobre os acontecimentos, no blog do Gilberto Léda foi publicada a matéria “Pms devem ser obrigados a andar desarmados em dias de folga” onde cogita-se a possibilidade de desarmar os policiais militares. Sabemos que Léda, tradicionalmente, coloca lenha na fogueira contra o atual governo, contudo, neste caso, estamos de olho em uma possível ordem de desarmamento da PM e faremos tudo ao nosso alcance para evitar esta insanidade.

0 comentários:

Encontre-nos no Facebook

Encontre-nos no Twitter

Total de Visitantes

Mais vistos

Tecnologia do Blogger.

Parceiros